[Do ZERO ao EXIT #19] 4 boas maneiras de destruir a cultura da sua empresa
Estamos na lição nº 19 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
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Nas lições atuais estou compartilhando minhas experiências e aprendizados sobre temas relacionados à cultura organizacional. Sou apaixonado pelo assunto!
Vem comigo… 👋🏻
Se você tem acompanhando as lições da série, você já entendeu que desenvolver a cultura de uma empresa dá um certo trabalho, não é mesmo?
Bom, com o intuito de aprofundar um pouco, elaborei um mini-guia de ações que jogam contra e, quando aplicadas, são destruidoras de qualquer cultura.
Sem mais delongas, vamos conhecê-las.
Apenas tome cuidado para não colocar em prática! 😎
💩 #1. Fale sobre, mas não se preocupe em dar o exemplo
A forma como as pessoas se manifestam quando não há ninguém vigiando fala muito sobre quão forte é o alinhamento com o que se espera em termos de cultura.
Cultura tem muito a ver com comportamento, o jeito de ser e agir do time.
Porém, para ser legítima tem que valer para todas as pessoas, inclusive (e principalmente) para a alta liderança, sem exceção!
Dar o exemplo e servir de exemplo é componente-chave para a cultura florescer.
Portanto, se você representa um papel de liderança, você é referência para outras pessoas e suas atitudes precisam estar em linha com os valores e premissas da cultura. As demais pessoas do time, vão se espelhar em você.
“Faça o que digo, mas não faça o que eu faço” é dinamite para qualquer cultura.
💩 #2. Delegue a cultura para “os outros”
Hoje em dia, o tema cultura organizacional é algo bem presente na cartilha das lideranças. Foi-se o tempo em que era artigo de luxo.
Porém, para muitos, ainda é algo visto como uma pressão de fora para dentro para demonstrar-se em linha ao que o mercado faz, ao invés de ser algo interno, entranhado no DNA da empresa.
Por esta razão, corre-se o risco de pensar que é possível fazer a cultura acontecer como um projeto institucional, delegando para as áreas competentes colocarem de pé.
Não vai dar frutos se nascer com uma ordem top-down, com a alta liderança acompanhando à distância.
“Faça-se cumprir” não tem vez para este assunto, tem que ter envolvimento.
Envolvimento de todos, do nascimento, e para todo o sempre.
Portanto, é essencial que seja mensurada constantemente (já ouviu falar das pesquisas de pulso diárias?), pois os desvios precisam ser rapidamente identificados e tratados.
Cultura é algo que precisa estar presente no jeito de ser de todas as pessoas, em todos os níveis da hierarquia.
Requer tempo, fidelidade máxima e muito compromisso, pois ela não aceita desaforos.
💩 #3. Contrate sem filtros e alinhe as pessoas depois
Um time alinhado com a cultura se faz antes mesmo das pessoas serem escolhidas.
Ou melhor, durante o processo de seleção.
É uma maravilha quando contratamos alguém brilhante tecnicamente. Mas, se não houver match com o jeito de ser da empresa (leia-se a cultura), o ciclo de vida no time tem tudo para não ser longo. E se for, não será saudável.
Portanto, sendo simples e direto: adote 2 perspectivas para a avaliação de candidatos. Além de validar os requisitos técnicos, encaixe uma avaliação com critérios ligados ao código de cultura da empresa.
Se não gabaritar nas 2 perspectivas, não contrate!
💩 #4. Não crie rituais constantes, apenas ações pontuais
Considero bem inútil ações do tipo “café com o presidente”. Já soltei alguma crítica em lições passadas.
O problema não é a ação em si, mas a motivação pela qual são feitas. Normalmente, são ações pontuais, espaçadas no tempo, cuja finalidade é fazer um agrado para as pessoas e trabalhar a imagem “acessível” das lideranças.
Este tipo de ação até faz sentido, desde que esteja relacionada a um conjunto de outros rituais, que se complementam, geram conexão entre as pessoas, fortalecem a comunicação e a transparência.
Como o objetivo de toda cultura organizacional é ter relevância, força e legitimidade, é primordial que se planeje um conjunto de rituais, com enfoque direto no estreitamento de laços com as pessoas e que promovam a conexão delas com o negócio.
Este tópico, em específico é bastante rico e será tema de um dos próximos artigos da série.
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Trabalhar a cultura de uma empresa não é muito diferente de qualquer outro projeto de grande impacto. Requer planejamento, execução eficiente e acompanhamento constante.
Mas todo o esforço é recompensado quando você colhe os frutos de contar com uma cultura pulsante: pessoas vestindo a camisa e jogando com garra, menos entra-e-sai do time e os resultados falando por si.
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