[Do ZERO ao EXIT #13] Hey empreendedor, além de dono você é funcionário

4 de julho de 2022

3 minutos de leitura

[Do ZERO ao EXIT #13] Hey empreendedor, além de dono você é funcionário

Estamos na lição nº 13 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.

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Aí, num belo dia, você enche o saco da vida atual e decide que não quer mais aturar o chefe mala, não quer ficar dando satisfação para os outros e está na hora de conquistar aquela tão sonhada liberdade.

A solução, na sua cabeça, é ser dono do seu próprio negócio. Você entende que chegou a hora de empreender, realizar o sonho de ser dono do seu nariz e mandar na coisa toda.

Pode ser um caminho… mas, não funciona bem assim.

Ou, pelo menos, não deveria.

Se tem uma coisa que me dói no estômago é perceber que tem gente que empreende pensando que vai trabalhar menos e que não vai ter ninguém para dar satisfação.

É inquestionável que você vai ser “dono do negócio”. Mas, ser dono não significa estar isento de compromissos muito parecidos com aqueles que você tinha antes de empreender.

Você até pode adotar a postura de tratar seu time como um conjunto de pessoas abaixo de você, com os quais você decidiu ter pouca transparência e não deseja estabelecer laços de parceria.

Faça isso e saboreie o gosto amargo de viver num mundo do “nós aqui e o patrão lá”.

Tem uma música do Dazaranha, uma banda catarinense, que verbaliza com ênfase que tribo banguela não combina com cacique sorridente. A música chama-se Preto Vermelho… a letra é bacana, vale conhecer.

Cá entre nós, nas empresas, do porteiro ao presidente, todos são funcionários. Funcionários da empresa. Todos têm compromissos, responsabilidades e precisam entregar resultados. Resultados para a empresa.

Quanto maior o senso de pertencimento à empresa, mais engajadas as pessoas serão com os objetivos da empresa.

Portanto, a você empreendedor, fica minha recomendação: seja de fato um funcionário da sua própria empresa. De preferência, o funcionário exemplo. Assim como você espera que todas as demais pessoas que formam o seu time também façam.

Seja um empreendedor servidor, um líder servidor. No mundo de hoje, não existe mais espaço para “tribos banguelas com caciques sorridentes”. Não tenha regalias. Não se prevaleça. Faça parte da tribo.

As pessoas querem fazer parte de negócios humanizados, que só existem se forem formados por pessoas com alma e respeito às diferentes formas de ser e pensar.

Ainda existem muitas empresas vazias de alma, mesmo que cheias de gente.

Este é o resultado de empresas onde “o patrão” olha de cima. Entenda que a cada dia haverá menos espaço para empresas assim.

Não ignore o fato de que o mundo muda todo dia e as novas gerações estão muito vigilantes para questões que até pouco tempo eram deixadas num segundo plano.

Esteja lado a lado com as suas pessoas. Jogue junto, suando sua camisa e colocando as mãos na graxa.

Conquistar a confiança leva tempo e requer humildade, mas dispor de um time com pessoas leais é um diferencial difícil de ser copiado nos dias atuais.

📷 Foto Kelly Sikkema on Unsplash

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