[Do ZERO ao EXIT #60] Ninguém precisa amar o que faz logo no dia zero
Estamos na lição nº 60 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
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Vem comigo… 👋🏻
Eu acredito que para fazermos com excelência o nosso trabalho é realmente necessário que tenhamos motivação para tal.
Acredito também que a fonte da motivação vem do quanto amamos aquilo que fazemos.
Mesmo assim, não sou um grande crente da filosofia de que o amor acontece logo no dia zero. Ou como os mais românticos apreciam, o tal do amor à primeira vista.
Será mesmo que os melhores chefs de cozinha amavam profundamente a culinária quando começaram a aprender a descascar as primeiras cebolas?
Será que os grandes atletas da atualidade amavam profundamente suas modalidades esportivas lá no comecinho?
Ouvimos tanto que virou clichê o conselho de que devemos amar o que fazemos ou seguir procurando pela nossa grande paixão. Sim, realmente devemos.
Porém, na prática, isso não é tão romântico assim. Nem todo mundo descobre cedo as suas grandes paixões no campo profissional. E está ok… faz parte!
Acho, inclusive quem tem muita conversa fiada nas inúmeras palestras motivacionais sobre carreira e nos milhares de posts nas redes sociais glamourizando o assunto.
Não tenho absolutamente nada contra a ideia de amar o que se faz. Sou um praticante disso… não consigo fazer por muito tempo algo pelo qual não tenho paixão.
Eu apenas não concordo que para embarcar em uma nova carreira ou começar um novo negócio seja um pré-requisito morrer de amores pelo que se vai fazer logo no dia zero.
Obviamente, ter alguma afinidade é no mínimo sensato. Mas paixão no dia zero é exigir demais de nós mesmos. Permita-se experimentar e corra o risco de se apaixonar pelo caminho.
Eu empreendi no ramo de software por gostar muito de programação. Mas se voltarmos no tempo, quando comecei a aprender a programar, não foi paixão logo de cara.
Com o passar do tempo fui tomando gosto e notei que tinha afinidade, até que passei a gostar muito. Isso depois de algum tempo desenvolvendo meus primeiros softwares… lá na adolescência.
Eu comecei a empreender a Hiper por ter uma afinidade com varejo, depois de 10 anos naquele setor. Mas estaria mentindo se dissesse que morria de amores pelo varejo quando comecei. Aprendi a gostar (e muito) durante o caminho.
Decidimos fazer um sistema de gestão para pequenos negócios por algumas razões, mas não como fruto de uma paixão por gestão ou por amor incondicional a pequenos negócios. Mas aprendemos a gostar de ambos no caminho.
O que eu acredito é que todos nós somos mais propensos a nos apaixonarmos pelas coisas que fazemos no caminho… durante a jornada.
Por isso, vá em frente, experimente! Dê a você mesmo essa chance.
Se tiver dúvidas, deixe o tempo responder… vai que vira paixão! Isso tira um grande peso dos ombros.
E mais, que mal tem descobrir depois de um tempo que aquilo não era para você? No final, tudo vira aprendizado.
📷 Foto Chandan Chaurasia via Unsplash
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