[Do ZERO ao EXIT #11] Sócios podem fazer uns “trabalhos por fora”?
Estamos na lição nº 11 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
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Espero ao longo da série você consiga evoluir, ir além!
Vem comigo… 👋🏻
Imagine você tentando se equilibrar em pé dentro de uma canoa.
Agora, pense você tentando se equilibrar em duas canoas, com um pé em cada uma.
Parece complexo, não? Se no pensamento é complexo, na prática, então…
É exatamente isso que acontece quando tentamos nos comprometer e dividir nossa energia com muitas coisas simultaneamente. Não é tarefa fácil, e qualquer momento de bobeira faz você perder o rumo.
Sempre fui um grande defensor de concentrar energia e foco em poucas frentes e isso acabou se tornando o meu modus operandi há alguns anos.
Talvez, por ter vivido isso de forma muito intensa, acabei assumindo como um fator chave para o sucesso. Os meus projetos pessoais que mais tenho orgulho são fruto de muita disciplina e foco.
Não me arrependo de ter dito não para inúmeras ideias que pareciam ser super válidas, mas não cabiam no meu momento.
Somente com foco você é capaz de mergulhar fundo naquilo com o que está envolvido. Isso tem relação direta com os resultados que você obtém.
Quanto mais coisas assumimos, mais dividida será a energia direcionada a estas frentes. Isso vale tanto para os mais experientes, como para os menos.
Não pense que com você será diferente.
Nós temos uma capacidade limitada de energia e atenção para direcionar aos nossos afazeres.
Além do mais, você não deveria cair na besteira de achar que é super herói. Arrebentar-se de trabalhar é cabível e aceitável em certo momentos, mas apenas por um período limitado de tempo. Não é sustentável, uma hora a conta chega.
Portanto, olhando para o foco como um primeiro aspecto, fica óbvio o quanto pode ser comprometedor quando os sócios acabam dividindo-se em mais de uma empresa ou projeto de cunho profissional.
Mas, ainda assim, tem um outro aspecto que considero muito válido para o tema desta lição.
Quando um sócio está envolvido com outros projetos ou possui outras empresas, abre-se margem para conflitos de interesse. Isso é algo que, cedo ou tarde, pode vir a gerar desconforto dentro da sociedade.
Uma empresa demanda um comprometimento acima do normal e, na maioria das vezes, pouco previsível.
Ora vão ser compromissos que geram conflitos de agenda, ora serão crises internas que acabam sugando muito da sua atenção. Estes episódios trazem consigo reflexos no relacionamento, que muitas vezes resultam em rusgas que não se consertam facilmente.
Em suma, minha recomendação para quem está estruturando uma sociedade é simples: combine o jogo.
De preferência, de forma documentada, através de um acordo de sócios. Sim, com direito a assessoria jurídica, inclusive. Para fazer do jeito certo.
Se foi pactuado que certos tipos de atividades serão permitidas em simultâneo ao desenvolvimento do negócio em conjunto, ótimo, não há do que reclamar.
Agora, se nada foi pré-acordado, ou pior, se expectativas foram geradas a partir de algo que ficou subentendido, só lamento, pois o cenário tem tudo para terminar em conflito.
Quando duas ou mais pessoas se unem para fazer algo em conjunto, um universo de expectativas começa a ser formado.
Dedique uma atenção especial, logo no início, para deixar claro o que pode e o que não pode, ao invés de deixar para tentar gerenciar o que ficou subentendido, pois é natural que cada pessoa interprete sob seu ponto de vista.
Se dá para evitar, para que correr (também) este risco?
📷 Foto Luemen Rutkowski on Unsplash
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