[Do ZERO ao EXIT #33] Chegadas e partidas (parte 2): algumas pessoas não conseguirão acompanhar o ritmo
Estamos na lição nº 33 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
📫 Vamos juntos durante toda a série? Inscreva-se na minha newsletter The GrandFounder e receba cada novo conteúdo da série direto no seu e-mail! A série tem sido publicada também no meu LinkedIn, além daqui no meu site.
Nas lições atuais da série, estou falando sobre experiências e aprendizados relacionados à formação de time e desenvolvimento de #carreira.
Vem comigo… 👋🏻
Eu comparo o desenvolvimento de uma empresa com uma sequência de travessias, onde de ponto em ponto, a jornada vai sendo desbravada.
Agora acrescente nas tais travessias mais uma perspectiva: as pessoas. Todas as pessoas a bordo, precisando fazer sua parte… vivendo o percurso, com a missão de seguir evoluindo e entregando.
A cada novo estágio, novos rumos, objetivos e desafios.
Na saga de empreender, nós estaremos sempre vivendo alguma travessia.
E então, chegamos a um detalhe: algumas pessoas não conseguirão acompanhar o ritmo.
Sempre teremos pessoas que ficarão pelo caminho, e é sobre isto que vou abordar nesta lição.
Além do mais, provavelmente, será você que precisará convidá-las a desembarcar.
Na lição anterior, eu compartilhei com você a forma como aprendi na prática que devemos estar preparados para as pessoas que decidirão deixar a empresa, como perder os anéis e preservar os dedos.
Mesmo com tantas chegadas e partidas, ainda não sei o que dói mais: receber a notícia que aquela pessoa querida vai te deixar ou ter que dar a notícia de que é o fim da jornada para alguém.
Para quem joga o jogo com o coração na ponta da chuteira como eu procuro fazer, o lado emocional acaba tendo peso. É desconfortável, mas aprende-se a lidar.
Ninguém é descartável, e não se trata de discutirmos se as pessoas são (ou não) substituíveis.
Também não estou dizendo que é das coisas mais fáceis a se fazer. Tanto não é, que pouco se fala sobre este assunto. Dá mais audiência falar de sucessos, das perfeições, das horas boas, dos inícios, e não dos fins.
Mas, faz parte da vida do líder demitir do time aquelas pessoas que não estão acompanhando o ritmo, estão com performance ruim e resultados aquém do esperado, ou estão devendo muito na capacidade para fazer o momento/futuro acontecer.
Eu tive que fazer isso várias vezes.
E mais, dada a posição que eu ocupava na liderança, em muitos dos casos, eu tive que ajudar na tomada da decisão de fazer.
Existem momentos onde você sabe que um desligamento é inevitável. Mas vai adiando, adiando… é um comportamento comum.
Adia-se por medo, ou por não querer mexer no problema. Eu já cometi este pecado. E o pior de tudo é que perdem todos (e em vários aspectos).
Quem está numa posição de liderança compartilha da responsabilidade com a evolução dos seus liderados.
Deve apoiar, procurar entender o momento de cada pessoa, fazer a leitura sob pontos de vista que vão além da vida profissional, e procurar agir de forma imparcial, com o cuidado de não deixar-se tornar paternalista demais.
Na real, é muito claro identificar quem está no bonde e quem ficou para trás e está do lado de fora, correndo para alcançar e subir a bordo novamente.
Uma ferramenta que usei muito, e recomendo, é a elaboração (a quatro mãos) de uma plano de 100 dias, que nasce a partir de feedbacks sinceros, somados com a identificação bem clara dos pontos a evoluir e dos objetivos a alcançar.
Fazer isto para todas as pessoas? Óbvio que não. Você saberá melhor do que ninguém quem merece seu tempo e apoio.
Em cem dias dá para sair de A e chegar em B, dá para fazer muita coisa!
Se houver evolução, ótimo, vida que segue. Quem nunca precisou de um empurrãozinho, não é mesmo?
Se não, é bem provável que é chegada a hora da despedida. Todos deveriam estar cientes de que a continuidade da jornada depende do sucesso daqueles cem dias.
Da mesma forma como vai acontecer de pessoas especiais abandonarem a empresa, o contrário fará parte.
Estejamos preparados para as chegadas e partidas. E isso inclui, infelizmente, aqueles momentos de adeus que dependem exclusivamente da nossa decisão.
Ossos do ofício!
📷 Foto Tanya Dusett on Unsplash
🖤 Sinta-se em casa para deixar seu comentário, acrescentar algo ou mandar um feedback.
📨 Se esse texto puder ser útil para alguém do seu time ou da sua rede, compartilhe.