[Do ZERO ao EXIT #63] Como as crises do dia a dia me ensinaram a ser um líder melhor
Estamos na lição nº 63 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
📫 Vamos juntos durante toda a série? Inscreva-se na minha newsletter The GrandFounder e receba cada novo conteúdo da série direto no seu e-mail! A série tem sido publicada também no meu LinkedIn, além daqui no meu site.
Vem comigo… 👋🏻
De tempos em tempos você vai lidar com uma crise dentro da sua empresa. Quando tudo parece ir bem, o chão abre bem na sua frente e dali surge algum monstro que estava dormente, esperando a hora apropriada para sair da toca.
Há quem diga que não se deve desperdiçar uma boa crise. Mas a real é que ninguém gosta de ser lançado em meio à tempestade.
Por vezes, parece até injusto. Principalmente se você está cuidando da operação, dando o seu melhor. É fato, mas ninguém falou que empreender era para ser um jogo de justiça. Está mais para um exercício diário de sobrevivência e evolução do que qualquer outra coisa.
Eu precisei de um bom tempo para entender que as crises fazem parte. Principalmente as internas. Mas aprendi também que assim como a paz não vai durar para sempre, todo problema tem solução.
O lado bom das crises é que elas ensinam… até mesmo quando não queremos aprender, elas ensinam.
Já falei em outro momento que o sucesso não é um bom professor. Talvez seja porque aprendemos e evoluímos quando somos provocados a sair da zona de conforto, olhar para o lado, descobrir outros caminhos.
Certas decisões só saem do papel se forem arrancadas de lá… Quanta capacidade de reinvenção vimos durante os anos recentes da pandemia, não é mesmo?
Um episódio que me marcou demais, teve a ver com uma crise interna que vivemos. Com 5 anos de história decidimos lançar uma nova geração dos produtos da Hiper e tínhamos a missão de fazer o substituto do produto que tinha feito a empresa sair do zero e chegar até aquele ponto.
Foi preciso trabalhar muito, lidar com a incerteza, opiniões negativas, problemas com clientes. Teve gente que falou que estávamos loucos em fazer aquilo, que a empresa iria quebrar. Foi realmente difícil fazer aquela transição, mas fizemos.
São nas horas difíceis que os líderes mostram seu valor. As pessoas entendem a gravidade das coisas, mas precisam de alguém em quem confiar. Sem uma direção clara, o time recua, se esconde no canto da sala, abraça os joelhos e chora.
Portanto, como líderes precisamos ouvir, mas principalmente formar opinião sobre toda e qualquer situação que requeira um direcionamento. E mais, propagar a mensagem até que estejam todos alinhados sobre o jogo a ser jogado.
Sem medo de estar errado.
Sem medo das críticas.
Sem medo.
Eu sei que não é simples, mas quando estamos na liderança estamos expostos a todo tipo de pedrada. Afinal, somos vidraça.
Contudo, esse é o papel do líder, assumir as rédeas, mostrar o caminho e conduzir a tropa.
E se couber um último conselho, seja você a força que o time precisa nas horas difíceis. Grandes guerreiros sorriem em frente às tropas e choram nos seus aposentos.
📷 Foto Dasha Urvachova na Unsplash
🖤 Sinta-se em casa para deixar seu comentário, acrescentar algo ou mandar um feedback.
📨 Se esse texto puder ser útil para alguém do seu time ou da sua rede, compartilhe.